Friday, December 26, 2008

Brisa fria.


Como cavaleiro sempre estive habituado a princesas em perigo.
Sinto me atraído a essa necessidade por ajuda.
Nunca tiveram necessidade de mim de outra forma, nunca fui importante.
Todas elas se revelam ser ladras.
Gente que rouba o coração e to esconde para jogar contigo um estranho jogo qualquer.
Fizeram de mim animal amestrado, tolo e joguete.
E todas elas fugiram perante a cara do cavaleiro, protectora e assustadora.

Conheci agora um floco de neve, uma brisa que corta o ar com o frio que dá vida.
Não é uma princesa, não precisa de salvação.
É uma guerreira, forte como nunca vi numa mulher que me estivesse ao lado, que me nutrisse sentimento profundo.
É mais forte do que eu.
Essa força por vezes assusta me, encurrala me.
Mas a cada dia crio saudades no meu coração e na minha mente.
Nunca tive uma parceira como tu, espero que me acompanhes durante muito tempo. Mas se não, agradeço a tua brisa, por mais breve que o sejas, porque me faz o coração bater com existência.

Tuesday, December 23, 2008

Got to find and kill my shadow self


Uma jornada de permanência.


O Crosus andava pelas vastas densidades de terra erma onde um dia teria sido floresta. Nenhuma semente cresceria naquele solo.
O mal exalava de dentro do cavaleiro, como ondas negras que queimavam a pele. O sol parecia desaparecer ao tentar tocar no monstro com os seus raios quentes. Dentro do Crosus era tudo mais frio do que alguma vez alguém podia ser.
Ele tinha sugado a rapariga Fénix preta, o corvo nefasto e mais alguns com facilidade notória. Eram agora comida no estômago preto do cavaleiro negro, e haviam no tornado forte e jovem, ao mesmo tempo que pálido e perverso.
Os restos mortais do cavaleiro haveriam de encontrar um ser que haveria de mudar todo o mundo, com o seu vento gelado do norte, para onde Crosus se dirigia.

Tinha perdido muitos amigos no meio da batalha. Descobrira que alguns outros esperavam em grupo perto do oráculo do oeste, cheios de esperança que o cavaleiro voltasse à existência. Ele ria se perdidamente desse pensamento, de tão perdido que estava. Um riso profundo e concavo, de morto seco. A vida perdia um pouco a força vital sempre que ele se ria. Era horrível.
Costern, o bárbaro que sempre tinha seguido o cavaleiro em tantas aventuras e momentos de calma profunda.
Edgar Poet, o escritor de baladas que haveria de escrever no futuro toda a historia deste mundo negro, em momentos mais brilhantes.
Burn Owl, mago das ilhas distantes, cheias de mistério. Viu o desastre acontecer, e ficou perplexo.
Drend, o louco. Homem de artes musicais e de boémia profunda. Longas bebidas, cheias de espírito, bebeu ele com o cavaleiro antes deste morrer, mesmo antes.
Marian, senhora da magia musical que enche os corredores vastos da sua residência eterna de cristal. Irmã do cavaleiro e hoje um ser sem forças, apenas curioso com tudo.
Entre muitos outros que observavam tudo… a jornada de permanência.

O vento fustigava o cabelo do cavaleiro… passando directamente pela sua barreira.
Viu se um olhar antigo. Viu se paixão. Viu se genialidade. Por curtos momentos…

Ele iria conhece-la.
O gelo que queimaria tudo…

Sunday, December 21, 2008

One idea


I want to go foward...

but something keeps pushing me back...

Can someone please kill me?...

Wednesday, December 17, 2008

???

Im alive...

I enjoy your company.

Thanks :)

***

Monday, December 15, 2008

Final Fantasy - pooka sings




Oh! your eyes, your greedy eyes!
Your dry and desperate tongue

You've told a lie! a lie! a lie!
For every pretty note your reddy voice has sung
Do we believe in devils? No.
Winged men? The healing power of love? No.
Enchantment? Social justice? No.
Dead child actors in a white, white world above? No.
Then why are all your songs about the things that don't exist?
Do not resist! You'll burn these lies tonight and never let them live
Oh, stoke the fire, you'll burn these words tonight
I cannot let them live
The Pooka wings away
His power o'er me's at an end
And I put down the violin
I leave it down, never again!
- owen pallet

Sunday, December 14, 2008

Monstros


The have fucked me up.

A letra começava assim, da música que passava na minha cabeça. Por vezes eu era assim, pensava em inglês quando estava deprimido e desanimado com as coisas e as pessoas.
Estava lua cheia e ela brilhava com bastante intensidade lá no céu, sem estrelas. Era tudo preto e horroroso, como cá em baixo. O autocarro levava me para casa, enquanto me desfazia lentamente contra a janela fria do outro lado. Com todo o frio estava embaciada e apenas a lua entrava com potência pela janela.

Que se foda isto tudo.

Passou me varias vezes pela cabeça. Todos me faziam o mesmo. Cagavam para mim sempre que podiam. Eu faria o mesmo agora. Tinha me a mim até quando me aguentasse e me matasse, por isso estava bem por algum tempo. Tinha 300 mil problemas para resolver, alguns poucos amigos a manter antes de partir tudo sem remorsos.

Em casa esperava me uma família que me iria perguntar que tenho, e uma noite de algumas cervejas e cigarros, a comer me o cérebro para não pensar mais. Uma refeição quente e escrever este texto.

Uma amiga tentava manter me átona, com dificuldade. Mandava mensagens de apoio, tentando pescar restos de mim no meio disto tudo. Medo de perder-me talvez, não sei. Perdido já estou, à algum tempo.

They have fucked me up.
Pensei novamente.

Estou nervoso e derrotado. Como um leão após perder a supremacia no clã para alguém mais novo. Perdi. E vou perdendo mais ainda todos os dias. Um dia não terei mais nada para perder, nem a mim próprio, e nesse dia não sei que serei mais. Um temerário, um homem sem medo, a shell of a men, como diriam alguns.

Give me a spear and a helmet, brothers, lets fetch some monsters for the day.

Monstros. Cheiinho deles na minha cabeça. Uns mais bonitos outros mais feios. Outros simplesmente diferentes, feios e bonitos dependendo da altura do dia ou do estado da mente.
Não tinha nenhum. Pelo menos que me lembrasse. Falava comigo próprio de vez em quando, mas era normal e era para mim e para mais ninguém. Não tinha colossos nem monstros nem celas ou coisas estranhas. Era eu e a minha imaginação que ia pró papel maior parte das vezes. Eram coisas fixes e tenebrosas, mas eram ficção fantasiosa, mais nada a não ser isso. Depois alguém me partiu tudo cá dentro e me meteu a loucura na ementa do dia. Toma lá maluqueira, se gostas, e fica com ela. Raiva é má, diriam, fica com a loucura, é mais giro. Que mentira.

Sunday, December 07, 2008

Dos melhores filmes que vi.

I wanted to be the only one who can heal you...

but i think i endured it a little to much...

I can see it, a vision of what might have been.

I messed up; now you're alone.

We had all the time in the world,

so I took you for granted.

I know it's too late, now...

At last I understand.

We hurt others by our very existence.

That's just the way we live.

We need to learn to forgive.

Need to realize that existence

is to be shared.

We're not just here to exist;

but to find the strength to co-exist.

It may start from something small,

it may even seem impossible.

But we must start from somewhere.

Hope...

... our legacy.

Thursday, December 04, 2008

Urso amestrado


As minhas palavras sobem ao vento fustigado do norte. A terra chama por mim, sem demora, tenho de ir, rever os sítios dos quais me começo a esquecer de todos os pormenores que por tanto tempo orgulhosamente observei e decorei.
A queda da cidadela à muito aconteceu mas visito as suas ruínas revestidas de musgo variadas vezes. Ecos negros andam no local, troçando de mim, como uma segunda voz, uma distante mas audível. A luz ténue do sol flutua sobre o local, lembrando me de um cavaleiro e de sua lança, belo e orgulhoso, hoje apenas lendário.

Desaparecem as imagens dos meus olhos chorosos na distância de um passo teu. Por vezes és intangível. Por vezes sou tão morto que engano todos, pensando que não existo mesmo, que a morte me chegou ao destino final. Sou um negrume no mundo, sem talento, sem dádiva divina, sem um rumo que me diga o que fazer. Sou livre preso dentro de uma jaula de cristal, sozinho e cheio de olhares do mundo, expectante qual o próximo passo deste urso amestrado. A cor do meu pelo vai se perdendo de um castanho belo para um cinzento fantasmagórico. A tristeza vai me transformando no que sempre fui desde início, um urso de barro, daqueles de enfeitar, apenas enfeitiçado à muito por uma ligação que vida que nunca durará para sempre.

Acalmo as ondas com a tristeza que de mim advém. O mar nem sequer pergunta o porque das lágrimas secas no meu rosto, ele sabe bem as razoes e nem sequer questiona. Apenas não esvoaça tanto por ai com sua espuma branca sedosa, com respeito a minha existência.
Colosso negro, cavaleiro da lança, mestre dos jogos, escritor amargurado… seja aquilo que for, são tudo camadas. Este texto é a ultima camada.

Aproveitem o espectáculo deste urso amestrado, é realmente divertido.

Wednesday, December 03, 2008

Aprendes.


"Depois de algum tempo aprendes a diferença, a subtil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma.
E aprendes que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança. E começas a aprender que beijos não são contratos e presentes, não são promessas. E começas a aceitar as tuas derrotas com a cabeça erguida e olhos a olhar em frente, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança. E aprendes a construir todas as tuas estradas de hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair no meio do vão.
Após algum tempo aprendes que o sol queima se ficares exposto por muito tempo. E aprendes que não importa o quanto tu te importas, algumas pessoas simplesmente não se importam... E aceitas que não importa o quão boa seja uma pessoa, ela vai ferir-te de vez em quando e tu precisas perdoa-la por isso. Aprendes que falar pode aliviar dores emocionais. Descobres que se levam anos para construir a confiança e apenas segundos para destrui-la , e que podes fazer coisas num instante, das quais te arrependerás pelo resto da vida. Aprendes que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias. E que o que importa não é o que tens na vida, mas quem tens na vida. E que bons amigos são a família que nos foi permitido escolher. Aprendes que não temos que mudar de amigos se compreendermos que os amigos mudam, percebes que o teu melhor amigo e tu podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos. Descobres que as pessoas com quem tu mais te importas na vida são afastadas muito depressa. Aprendes que as circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos. Começas a aprender que não te deves comparar com os outros, mas com o melhor que podes ser. Descobres que leva muito tempo para te transformares na pessoa que queres ser, e que o tempo é curto. Aprendes que não importa onde já chegaste, mas onde estás a ir, mas se não sabes para onde estás a ir, qualquer lugar serve. Aprendes que, ou controlas os teus actos ou eles te controlarão, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil é uma situação, existem sempre dois lados. Aprendes que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as consequências. Aprendes que a paciência requer muita prática. Descobres que algumas vezes, a pessoa que tu esperas que te "dê pontapés" quando cais, é uma das poucas que te ajudam a levantar. Aprendes que a maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que tiveste e o que aprendeste com eles, do que com quantos aniversários celebraste. Aprendes que há mais dos teus pais em ti do que supunhas. Aprendes que nunca se deve dizer a uma criança que sonhar é uma asneira, pois poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso. Aprendes que quando estás com raiva tens o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de seres cruel. Descobres que só porque alguém não te ama do jeito que queres que ame, não significa que esse alguém não te ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso".