O fundo do vaso é um vazio.
Peixes gordos sumarentos,
Vermelhos como o fogo,
Mexem-se sem água,
Perdidos insolentes.
Num jardim verde em volta,
As árvores dançam acompanhadas,
Á musica de passáros iluminados,
Paradisíacos e tenazes.
A terra é uma simbiose com a erva que lhe pertence.
E chega a noite,
E chega o mundo, realidade.
A realidade acomoda, enche de nervos.
As pupilas enrrigessem,
Os dedos apertam o vaso e num movimento fusco o parte em pedaços,
São muitos e muitos, e não param de partir.
E são tantos e tantos e não param de me atormentar.
Os peixes morrem, assustados,
Os passáros param desconfiados e as árvores temem, sossegadas.
O silêncio instalado indica o terminar,
O terminar dum conto,
O arder da fantasia.
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