Saturday, March 06, 2010





Os meus dedos sentem falta do toque das cordas da guitarra.


Perdem tempo à procura de lamentos para escrever e de me tentar colocar gotas na cara, mas não conseguem.


São soldados perdidos, corpos intermitentes na chuva.


Nem um trovão no céu, nem um, e eu que os permito tanto, por vezes os peço.

Cantos e violino.




Chuva preta que me cai,

Pinta os ombros e cara,

Destrói elementos de mim,

Abala pilares necessários.

Perdura como ecos de gotas antigas em poças estranhas.

Enche e enche aquele velho poço,

Cheio de monstros,

Cheio de loucos.

Falam pouco,

Mas contam histórias de maldição,

Horror e pena.

E são eles os sábios do universo,

Os insanos do esquecimento,

Aqueles de que ninguém se lembra,

Nem na morte.

Wednesday, March 03, 2010

"The sky looks amazing today"



Lua azul que me domina,

Cai de luz sobre a cidade,

Tua metade me conta historias,

A outra metade esconde sustos,

Perco tempo a te olhar,

Pela janela de meu quarto,

Embaciada e pequena,

Tal como tu ao meu olhar,

Um coraçao desenhado me poe em paz,

Tudo por tua causa lua azul,

Lua azul que me ilumina.