Wednesday, November 22, 2006

Project

Entraram na casa com um buraco no tecto. Ali, perto da janela na parede da direita, um homem, deitado, respirava ofegantemente. Tinha a mão encostada na barriga, cheia de sangue. A sua vida expirava a cada ofegar. Simplesmente perturbador.
- «Quem é?» – Treme a voz de Sebastian.
- «Um soldado. Inglês.» - Responde secamente a morte.
- «E vai morrer brevemente?» – olhando directamente para a morte.
- «Muito brevemente. Estou cá para leva-lo.»
- «Então o sofrimento vai acabar…» – fala Sebastian, de olhar triste para o homem.
- «Depende.» - Diz a morte, parecendo entretido com a presunções do rapaz.
- «Do que?» – voltando a olhar directamente para a morte.
- «Do caminho que ele escolher no outro mundo. Tal como tu.» - Com um sorriso na cara.
- «Afinal á regras.» - Responde de nariz empinado.
- «Tal como em tudo, alma inquisidora. Tenho um trabalho a acabar.» - Colocando uma cara seria, enquanto as chamas da sua lanterna iluminam as suas feições naquela sala em penumbra,
Aproximamo-nos do soldado, ficamos ali algum tempo a olhar para ele. A morte olhava frequentemente para o relógio prateado dele.
- «Já está a atrasar-me. Este é resistente.» - Diz ele irritado.
- «Se calhar não quer morrer.»
- «Não tem escolha. Já está na lista. Só parando a bala que o atingiu seria possível.» - Como que insultado pelo comentário.
- «E seria possível? Fazê-lo?»
- «Se tivesses uma autorização, talvez. Mas porque é que alguém quereria atrasar a sua hora. Foi escolhida por ele mesmo.» - Voltando a parecer entretido com o rapaz.
- «Ele escolheu a sua própria hora da morte?» – completamente espantado e com um tom de descrédito.
- «Sim. Sabes de uma coisa chamada Carma?» – respondendo com contundência ao descrédito.
- «Ouvi falar qualquer coisa.» - Fazendo um esforço por se lembrar de um livro que leu.
- «A cada reencarnação da alma, ou força da vida, como lhe quiseres chamar, essa mesma alma tem a possibilidade de escolher todas as particularidades da sua própria vida. Normalmente, solta a alma dos sentimentos inseguros da sua carnalidade, ela quer se colocar em situações difíceis e diferentes. Desafios.» - Narra a morte enquanto olha atentamente, procurando uma reacção de Sebastian.
- «Então tudo o que me acontece foi escolhido por mim.» - Tentando perceber de alguma forma.
- «De uma certa forma. Não és bem tu, mas sim a força de vida de que de ti faz parte.»
- «Mas…»
- «Shhh! Já aconteceu. Podemos ir.» - Cortando a próxima pergunta de Sebastian.
O homem parara de respirar. Tinha uma expressão sofrida na cara.
- «Para onde foi?»
- «Foi directo pelo túnel para o outro mundo.» - Riscando o nome do morto da lista.
- «Então… mas eu não fui assim.» - Diz ele sem perceber.
- «Mas tu és diferente. Pára de fazer perguntas! Tenho mais nomes na lista. Sabes o que me acontecerá se me atrasar?! Nem quero imaginar.» - Com uma ponta de irritação.
- «Irónico. A morte vive com medo de atrasos, enquanto os humanos vivem com medo da tua pontualidade.» - Com um sorriso irónico.
- «Engraçadinho. Deus iria gostar de ti. Ele gosta de ser entretido.» - Com um tom sarcástico.
- «Espero conhecê-lo.» - Diz Sebastian, sorrindo.
Naquele momento, uma luz abriu-se na parede da casa e seguiram por ela. Mais um túnel de luz.
- «Qual será a próxima paragem.» - Pensava Sebastian – «A próxima morte. É tudo tão mórbido mas ao mesmo tempo incrível interessante.» - Não contendo a excitação da sua expressão.
No túnel foi um ápice. Estavam agora no meio do mar, na proa de um barco fumarento, parecia estar qualquer coisa a arder porque cheirava intensamente a queimado, mas um queimado diferente, parecia carne queimada.
- «Estamos onde agora?» – inquire Sebastian.
- «No alto mar, perto da costa espanhola.»
Com um olhar mais cuidado percebe se que o cheiro é da carne queimada de corpos que se encontram espalhados pelo navio. Chamas intensas queimam a parte lateral esquerda da nave do navio, vítima de tiros de canhão provenientes de um barco que se avizinha a pouca distância.
- «Diz me uma coisa. Estamos a viajar em diferentes épocas do tempo? Como é isso possível? Não que desde que morri ache alguma coisa surpreendente porque tem acontecido muitas coisas estranhas.» - Pergunta com cuidado, como que já com a perguntar pensada à muito.
- «Será difícil explicar os conteúdos dos mistérios do tempo e espaço a uma força de vida básica.» - Franzindo o sobre olho.
- «Tenta. Por favor.» - Com uma expressão de suplica.
- «Muito bem. Na verdade, o além, e por consequente todas as entidades em si constituídas, não habitam em linha do tempo alguma. Isto é, vivem fora da linha do tempo, não restritas pelas suas regras temporais e espaciais.» - Olhando o relógio prateado.
- «Fascinante.»
- «Deveras. Não existe tempo para nós, entidades espirituais cósmicas. Apenas existimos e realizamos o nosso propósito. A nossa, digamos, missão. Obviamente que como não temos as regras do tempo também não temos as regras do espaço. O local pouco importa, porque existimos e todo o lado.»
- «Omnipresentes e infinitos?» – estranhamente serena com a nova informação.
- «Exactamente. Em qualquer linha do tempo.»
- «Também são omniscientes? Sabem de tudo?» – não escondendo a curiosidade.
- «Hum, depende. Algumas entidades são, outras não. Outras, como eu, são parcialmente omniscientes, no nosso plano somos totalmente omniscientes. Sei quem morre, sinto as suas mortes todos os momentos. Sei os porquês e os senãos. Nesse plano sou mestre.» - Com uma pose de orgulho.
- «Nunca sequer imaginei.» - De olhar vago num barril a flutuar no mar.
- «Nem sequer podias. Mas atenção agora. A vida do homem que vimos buscar está prestes a findar.» - Pegando na lista.
Nesse momento um grito ecoa pelo barco. Um homem, trespassado por uma espada cai de joelhos. A sua bandeira a espanhola, o seu destino já escolhido.
- «Podemos ir então.» - Diz a morte, levantando a lanterna ao nível da cara.
- «Ainda não percebi qual a tua interacção com tudo isto.» - Depressa arrependendo se de ter proferido as palavras.
- «Eu? Eu sou o árbitro da morte. Quem a decide e quem a torna possível.» - Em desafio.
- «Mas nem sequer lhes tocas.» - Continuando a pergunta.
- «Vocês e as vossas perguntas. Não necessito tocar em nada. Eles nem sequer nos vêem, para eles não existimos de todo. Só me encontro aqui para me certificar que acontece. Se eu não estiver por perto a morte não acontece.» - Irritado pela necessidade de explicação.
- «Então simplesmente sendo a testemunha a morte acontece?»
- «Algo assim.» - Trocando rapidamente de assunto.Seguiram novamente pelo túnel, de encontro a outro evento

Monday, July 03, 2006

Carta de Adeus

Apetece me chorar, e estou mesmo na linha ténue que me impede.

No filme que é a minha vida, a banda sonora é agora triste mais uma vez. Ouve se um som que anuncia o calvário que vou sentir nos próximos tempos. O verdadeiro sentimento. Senti o tantas vezes, e mesmo assim não me consigo habituar.

Sinto me deprimido ao supremo. Apetece me pôr esta película em pausa para me dar tempo para pensar. Mas mesmo nesse tempo de pausa sou assolado por pesadelos, por tua causa, mas não só. Este capitulo da minha vida acaba agora, e como sempre que acabamos um capitulo de um livro, sinto me nostálgico e triste. Queria mais mas ao mesmo tempo também andar para a frente e descobrir mais. Abandono esta minha casa que nunca me recebeu mas que me afagou a cabeça quando precisei mais. Velha parceira de entretenimento. Onde pisei pela primeira vez nesta cidade, piso novamente e sou outro. Deixo um bocadinho contigo, mas prometo que volto para o buscar.

Deixa me olhar para ti. Revelar te segredos. Passar a mão nos cabelos. Partilhar o ar que respiro. Um balde de gelo na cara, tenho a expressão narcotizada. Sou lento nestes dias, e o tempo demora a passar. Estupidifico. Fico emotivo e tudo me aflige, ainda mais do que costuma. É essa a sina de reparar constantemente nos pormenores. Absolutamente todos.

Penso com quem estarás amanha. Com quem falas e que se passa na tua vida. Não quero saber mas quero saber. Custa me que existas, mas que não existas comigo. Custa me que a tua vida ande para a frente quando a minha anda para trás neste momento. Custa me perder a cabeça várias vezes ao dia ou ficar a olhar para um ponto na parede ou na paisagem, completamente errante. Vou me dissolvendo, como um gelado encostado a um braseiro intenso. Esse sentimento que me devora. Esses minutos perdidos. Que se tornam horas e dias. Partido.

O outro dia vi uma foto tua num sítio que conhecemos bem. Lembrei me de ti mesmo quando te tentava esquecer. E ali me expirei mais um bocado. Depois tive um pesadelo horrível, que mesmo assim era melhor do que a realidade.

Dói me tanto, mas mesmo tanto…

Monday, June 12, 2006

Its over now...



thanks for the thrill. i enjoyed it like i enjoy a beer, but now its over... and, like the alcool, in the next day its gone, only a hang over that passes away during the day...

Sad


Its incredible unfair how a person can make you so happy in a moment, and in another make you so terrible sad... ;(

Tuesday, April 25, 2006

The Heart Beat of Destruction


Eu sou a brisa forte da madrugada, a penumbra eterna…
Tu és a sagrada chama, o clarão da manhã…
Da minha fúria, do meu gume afiado, apenas morte se segue, da tua respiração serena, do teu beijo, sai o cheiro mesclado do mar.
A minha alma se reflecte nos teus olhos e revejo me. Amaldiçoado estou eu, de alma enegrecida, o corvo agoirante que me agarra.

O dourado da tua chama dissipa se ao chegar a mim.
Oiço os milhares de trompetes aclamar a tua presença.
Calma como o mar sem ondas, mortificante como os olhos da medusa.
Sim, tu és Yggdrassil, a árvore da vida, que cresce sem cessar, e dos teus frutos a sabedoria contem.
És uma cobra sibilante, que me come calmamente o coração, deixando o vazio.
Tu com o teu clarão de aproximas… eu com a minha escuridão me oponho. É nesta luta que para sempre nos desafia mos.
Porque a tua esperança me dá ilusões que outrora viveram no meu interior, ilusões que magoam demais para se assistir, a minha derrota não será o meu futuro novamente.
Se as ilusões me derrotam não as voltarei a sentir, nunca mais, nunca…

Perdi o meu corcel, companheiro fiel, nas águas frias do rio que passei.
Para isso serviste tu meu fiel protector.
Agora do outro lado lanço a minha lança no infinito, na esperança de atingir mortalmente o destino que é o arquitecto do meu tormento final.

Grito sim, mas já sem forças, deixo me adormecer.
Tentas me acordar mas eu me nego a acordar.
Nos sonhos a esperança, a verdadeira realidade.
Sem o corpo sou livre de viajar para longe.

A esperança persevera, mas noutra manhã, noutra altura.
O sentimento fica guardado em mim, e na esperança de te rever vou devanear contigo, para que não me esqueça da tua presença.
Até outro dia, pois és o sangue que me dá vida e ainda o serás novamente.

Oiço agora a ultima palavra, o ultimo devaneio.
Sou o bater de coração da morte…

Agora olho em frente, sem fragmentos de um espelho que me lacerou completamente, não olho mais para o passado, apenas para o futuro.
É assim o rumo da minha nau, e não volto a olhar para trás, sinto sim, á frente, o ar gelado na cara e os pingos salgados da vida.

Wednesday, March 29, 2006

Manias

As minhas manias:

-Tenho o cuidado quando, ao pegar em sacos pesados, nao usar a mao direita por ter medo de me magoar e nao poder escrever. Se me magoar que se magoe antes a esquerda;
-Tenho sempre a televisao ligada, faça o que faça, mesmo estando sem som;
-Antes de sair de casa olho me sempre ao espelho, pelo menos uma vez;
-Bebo sempre algo nao alcoolico antes de beber algo alcoolico;
-Estalo os dedos sempre que estou aborrecido.

Contundente

Olhas pra mim e ultrapassas, a tua mao estendida tambem é golpe contundente,
A tua luz um salto no tempo, parado, constante, belo.
Perdido estou eu, da harmonia afastado, da solidao amigo unico. Chao e terra, me enterro, me deslargo
O sol em ti resplanderece, pois tu és agua cristalina, és frescura num deserto derradeiro.
Os meus lamentos acordados, a tua calma aspirante me suga a vida. Mesmo no meio das cores mais garridas, a tua silhueta prevalece, como um cavaleiro esperançoso por viver no campo de batalha.
Tu es excalibur, e a tua beleza me atinge como o gume prateado duma espada.

Farol?


Brigada pelo teu comentario esta tão lindo! ^_^
E que melhor maneira de responder se não assim:

Farol?
Nao reparei em minha mão estendida,
No teu olhar louco de compreensao. A luz, numa redoma de ilusao,
Só tem a sugestao de uma partida. A luz é nobre e vã e está perdida
Ou não seria o negro a condiçao
Que tolhe uma harmonia, e a solidão
Não mais seria o chão da minha vida. E ter clarão e sol inominado,
Ter luz ou o olhar iluminado Não é ter mais que um mero cobertor
Pois dentro, la nas escuras profundezas, Há outros modos raros, há belezas:
A arte da saudade é minha dor.

Filipa I. A. Moreno

(nao esta grande coisaa mas foi o que me saiu depois de ler o que escreveste espero que gostes =) Hugs!!!

Monday, March 27, 2006

Feeling of Despair



O olhar desvanece. A intensidade permanece, e tu lá estás, glorioso devaneio, amoroso clarão de luz vestido de negro. A natureza mexe, mas mexe á tua volta apenas acariciando te. Ela não teria a coragem de tentar tomar o teu lugar de alguma forma.
Folhas secas, folhas verdes, azul do mar, sonhos no horizonte. Da terra seca que te sustém saem as raizes. Da beleza pura que me sustém, sai apenas um grito unico no nada. Assim se perdem os tolos sem caminho, assim chegam os fortes á saida. Sol que queima, sol que dá vida. Temporários sustos, temporários olhares, a tua mão é o tunel da saida, a tua causa é a verdadeira.
Farol incandescente, chegaria a ti, se não me queimasses. E mesmo assim tento, tento em vão.

"There's a cold chill in the air, a feeling of despair..."

Wednesday, March 22, 2006

Doença & Dias Sombrios

Nestes ultimos dois dias adoeci. Estive contipado e isolei me. Gosto de o fazer de vez enquando. Sou mesmo eu quando o faço. Bem, deu tempo pra relaxar e curar a constipaçao.

Hoje o dia correu me mal. Faltei ao seminario, cortei o dedo com uma faca a cozinhar, perdi dinheiro, cai de umas escadas (felizmente n me magoei mt)... Porra, á dias mesmo assim.

Dias sombrios

Se no dia entro, na noite saio.
Saio varias vezes da estrada onde estou para divagar e depois volto, ao ponto de partida. Que estrelas, que farois, que luzes de fusco me podem iluminar? Estou no escuro mas á muito que o medo do escuro desapareceu e se tornou em conforto. É agradavel passado algum tempo.
Sou eu. Sou eu aquele que nao te deixa fugir e te agarra a mao.
Sou eu aquele que te tenta descobrir.
Sou eu a voz da tua consciência.
Sou eu a derrota da alma.
Sou eu que fico e tu que vais.
É assim o rumo da minha nau, e não volto a olhar para trás, sinto sim, á frente, o ar gelado na cara e os pingos salgados da vida.

Saturday, March 18, 2006

Conversa inacabada

...
- Para que pratiques o teu inglês.
...
- Sou louco? Um bocado. Não consigo evita-lo.
...
- Eu sei, mas tinha de o fazer. Se não conseguia dormir…
...
- Eu sei que pode mudar… eu sei, eu sei, eu sei, e não digas que não, não o vou ouvir. Agirei como uma criança, se assim for preciso. Mas não vou desistir de algo que quero muito. Se alguma coisa de todas as frases feitas é certa é que nunca desistas do que queres.
...
- Sei que não posso obrigar ninguém a gostar de mim, posso apenas fazer as coisas e esperar que a vida faça o resto por mim…
...
- Beijos, boa noite.
...
- Agora já não…

Willow Wisps

I feel sad. I cry, and while my tears fall in my face, I think what a fool I’am. what a loser a feel because I don’t make my move. Like a willow wisp a float around you, roaming your shinning beacon.

A know that I’ve found my way out off the tunnel were I am, but old ghosts of pain stop me of advancing on to it. I wish I could borrow just a moment in time, for more tenuous, to show myself like I really am to you. But the reality is that love is not a contract you can be bought on.

So I moan, so I cry, so I sorrow, waiting willingly that my sadness is herd all over the place, waiting quietly that my addiction for you reaches to the end of the universe…

Why? Because I just cant stop it. Because it is too strong for me to take alone.

Be well, and good time.

Wednesday, March 15, 2006

Gatinhos

Já vos disse que adoro gatos? Pois, é um facto. Também adoro cães, e tenho 2. Adoro todos os animais e sou um ferveroso protector dos mesmos. Mas os gatos sao algo de diferente...


The best and the beast

Simplesmente porque ele é o melhor no que faz.

Faculdade, ho, faculdade...

Faculdade onde ando. Uns chamam lhe velha. Eu chamo lhe histórica. Não fosse eu um estudante do excelso curso de História.

Lupin III

Idolo da minha mente aventureira e livre...

Conversa

Conversa da semana... :]~

- Estás a ver. Sou espertinha...
- E tb és sarcastica quando queres, fantastico, és um poço de surpresas pra mim!
- N sabia q conseguia supreender-te assim...
- Entao pq?
- Talvez pq n nos conhecemos mto bem e dai te supreenderes-te assim comigo, mas tb eu normalmente sou uma pessoa mais reservada por isso e normal q n me conhecas assim tao bem.
- Pois, nao conseguia colocar as coisas mais claras que tu. A verdade é que nao te conheço muito bem, mas conheço te melhor do que tu a mim.
- Pois. Pq eu farto-me de escrever sobre mim e tu pouco falas sobre ti. isso n vale...
- Porque sei, pelo que indaguei, que gostas muito de falar. Mais uma coisa que sei sobre ti sem te ter perguntado, mas tu nunca procuraste saber coisas sobre mim, nem perguntar me coisas sobre mim, nao é verdade?
- Tens agora essa oportunidade...podes começar!

Newborn awakening


NEWBORN AWAKENING

LAST ACT


Gently they stur, gently rise. The dead or newborn awakening with ravaged limbs and wet souls. Gently they sight, wrapped up in funeral amazeningWho called this dead to dance?Was it the young woman learning to play the ghost song and her baby gram?Was it the wilderness children?Was it the ghost god himself, stuttering, chearing, chatting blindly?I call you up to anoint the earth, i called you to announce sadness falling like burn skinI called you to wish you well, to glory yourself like a new monter, and now im calling you to pray.

Elipses da madrugada

Elipses da madrugada

Sento me mas não assento. De mente inquieta salto no cosmos e desapareço. Noutra vida devo ter sido um bobo pois hoje me sinto um tolo.
De sentidos baralhados a noite cai me em cima, não dói mas magoa o pensamento. Catarse da minha dor eterna, sapiente, não o devia ser pois os sentimentos cegam me as ideias e destroem me a paz interior.
Elipses da madrugada dispersam me. Volto á vida, mas sou outro. É só um sonho bom, mas que cedo acaba e morre na existência. Nunca mais me lembro do que devia fazer. A vida é muito curta para só três passos. Se pudesse mos voltar um passo atrás, nem que um momento só o mundo modificar se ia como folha de papel amassada. Um emaranhado de loucura insana. Desejo ardente de destruição massiva.
Porra de vida! Quando chegar mos ao fim da viagem avisem me. Não quero passar pelo resto e sofrer mesmo que seja necessário que seja assim. Que sofram os outros e que me ensinem com os seus erros. Prefiro assim, sinto mais seguro.
Mas mordo o isco e sou caçado. Sem fuga a persistir.

Adoro te

Adoro te


Adoro a maneira como colocas os teus lábios quando te concentras, quando estas aborrecida.
Adoro como sorris ligeiramente, com sedução, quando estas envergonhada.
Adoro quando me olhas nos olhos quando falas comigo.
Adoro quando te faço rir porque te vejo feliz.
Adoro como apareces quando já não o espero e me fazes valer o resto da semana.
Adoro como apenas a tua presença me causa felicidade.
Adoro os teus olhos porque brilham num azul profundo.
Morro sempre que te vejo, mas é uma morte doce e reconfortante. És dor e prazer ao mesmo tempo.

Tolo


Tolo

Caio de dores, entro num deserto fumarento. Remexo os cabelos, toco na cara, cheio de desejo de querer tocar e não poder.
Salto no ar, encho o peito de ar, sinto me eufórico, sinto me excessivo. Toco no chão, sinto a terra, poiso devagar.
Bato na parede de mão fechada. Dor física sobrepõe a verdadeira dor. Uivo de desespero. Encontro e perco, jamais na onda certa, jamais no acorde exacto. Oiço um bater, oiço um grito, brinco sem pensar, sinto sem descansar. De sentimento saem as palavras que escrevo. De receio fico sem saber a tua reacção. De adoração sou largado num poço já seco. Sedento, esgravato o chão á procura de uma única gota, serena e rara de encontrar. Porque raras são as gotas neste mundo poeirento. Encontro mas não bebo. Olho e penso em fazê-lo. O medo impede-mo, o momento passa e a gota seca. A marca fica na minha mão ensanguentada.
O meu mundo treme por dentro, como depois de sentir um prazer indescritível, um sabor indiscutivelmente adocicado que penetra e não quer sair. Um vírus dos sentimentos, o amor, esse bastardo da dor, esse filho indesejado mas amado.
Morro. Não respiro. Sinto uma respiração ofegante, é a minha. Ilusão, doce ilusão, o que é esse cheiro almiscarado que me rodeia? És tu amor, que me chateia? Sai! Sai daqui, ignorante sentimento! Misto de prazer e saudade, ódio e carinho…
Choro. Grito, aperto o punho e esmago tudo. Raivoso e enervado. Jamais! Jamais quero isto, mas desejo-o. Sou tolo, estou sozinho…

Último suspiro

Ultimo suspiro

Vi te, estranha beleza, distante devaneio. O saber de não poder ter.

Se soubesse o futuro, ele seria algo diferente. Os dias hoje sabem me a algo azedo. Preferia não gostar a ter de adorar. Inalcançável, impenetrável beleza do ser. Adocicado toque de dor.
Saíste do escuro e eu vi te de outra forma, curiosa forma. O olhar fura tudo, até a alma. Sem saber o que aconteceu vou pisando pisadas que jurei nunca mais pisar. Onde esta a sanidade quando precisamos dela. Onde esta a loucura quando eu preciso dela.
Este descontentamento de existir, este membro morto latejante. Esperança vã, encanto impossível de resistir.
Costume demoníaco este, não? A resposta é sempre nula e vaga… quem quer ser encantado não sabe o que é a dor.

Adeus bela cobra, me entrego ao teu abraço. Teu aperto final, teu sibilo fatal, banda sonora do meu ultimo suspiro…

Despero

Despero

O mundo muda numa volta perspicaz. Sem querer olhei para ti, por querer, os meus olhos cruzaram os teus. Senti algo, algo que nunca tinha sentido de todas as vezes que tinha olhado para ti.
As minhas mãos tocam na tua pele, numa sintonia de pura ilusão. Doce e cruel ilusão. Estranho sonho este onde todos são felizes menos eu.
Estranho sonho este, onde todos têm alguém. O amor existe ou são apenas feromonas que esvoaçam no ar, sem destino próprio, sem um propósito a não ser o animal, prontas a atrair quem não consegue evitar…
Perco. Mas não se perde o que não se quer ter…

Definição de Amor



Definição de amor.










Olhar para algo que sabemos que nos vai ao mesmo tempo maravilhar para sempre e magoar nos mais do que um ser humano pode suportar. O amor é mesmo isso. É dor e prazer ao mesmo tempo. O desconforto de estar confortável demais. Amar é morrer, como uma libertação de um mundo horrível. É o cair de um penhasco, é descer até onde não poder mais e subir até onde conseguir. É uma dor que procuramos incessantemente, cada vez pior e mais intensa, cada vez mais desejada. É sofrer sem poder ripostar. É errar quando sabemos que erramos e mesmo assim continuar-mos. É magoar o outro e ser magoado. É chorar com um leve sorriso irónico na boca. Honrar um sentimento que nos aflige e nos ultrapassa completamente. Não o entender-mos mas nele procurar-mos a felicidade que sabemos nunca conseguir. É como um punho fechado e sangrento, é lutar até á morte, é matar o outro e arrepender. É lembrarmo-nos no mundo de quem somos e o quanto mortais somos. É acordar de um pesadelo e entrar noutro ligeiramente floreado.