Sunday, July 25, 2010


A vida sem arte morreria, perdida em si própria sem substância.

Esta ideia passava vezes sem conta na vida de Daniel Stram. Escritor e apaixonado pela escrita dos outros, escrevia horas a fio.


Se és de pedra eu sou de aço, caído da fornalha e quente de maldade.

Sem medo de abrir, de embater a carne, preto e enjoado, laminado e atiçado

A noite calejante, olha para mim de soslaio, fruto de passados épicos e nunca esquecidos.

Lua cheia, mar calmo e humidade no ar, o frio calmante, entorpece te a ti e a mim, tornando esta dança lenta, mas mortal sem erros.

Acordar

O fundo do vaso é um vazio.

Peixe gordos sumarentos,

Vermelhos como o fogo,

Mexem-se sem água,

Perdidos insolentes.

Num jardim verde em volta,

As árvores dançam acompanhadas,

A musica de passáros iluminados,

Paradisíacos e tenazes.

A terra é um simbiose com a erva que lhe pertence.

E chega a noite,

E chega o mundo, realidade.

A realidade acomoda, enche de nervos.

As pupilas enrrigessem,

Os dedos apertam o vaso e num movimento fusco o parte em pedaços,

São muitos e muitos, e não param de partir.

E são tantos e tantos e não param de me atormentar.

Os peixes morrem, assustados,

Os passáros param desconfiados e as árvores temem, sossegadas.

O silêncio instalado indica o terminar,

O terminar dum conto,

O arder da fantasia

Mirror Moments of My Life.