Alarmismo nos meus dedos, quando toco na guitarra.
O passado percorre os meus dedos, o sentimento dilacera, a sua força cria ideias e liga sistemas.
O passado do meu quarto é tão doloroso como caloroso no meu coraçao,
E será assim para sempre enquanto as paredes do meu quarto e casa estiverem em pé.
Se for pelo amor que sinto por ela, estão sólidos.
A dor que permanece fechada cuidadosamente num quarto onde raramente vou e vão os meus,
É o meu antigo quarto, o meu antigo passado, o meu antigo eu e os fantasmas que lá habitam teimosamente.
Recuso-me a dormir lá pois é frio e é ruina.
O local sobeja de choro e ridiculismo, misturado com prazer e momentos únicos da vida.
E é a minha nova parede preta que me ilumina, curiosamente, a mudança que me mostra é uma liçao de vida angustiante, mas necessária.
O passado atormenta, atormentará sempre como um racha na parede que não podemos arranjar,
Uma conformidade da vida que tento combater, mas cuidadosamente, sabendo dos perigos e dos avanços e recuos.
É o passado que me faz viver, mas que me lembra igualmente do que é morrer.