Sunday, April 08, 2007

Rosa Violeta



Tremi no meu renascimento.
Pareceu durar uma eternidade.
De semblante triste andei por caminhos cruzados.
Com quem me cruzei levei um bocado.
Todos esses bocados serviram para me tornar quem eu sou para ti,
para te encontrar e agradar,
para te abraçar e reconhecer uma força da qual nao sou rival algum,
mesmo quando a raiva me dá o poder que necessito para combater até os maiores rivais.
No meu oraculo prevejo o futuro que me vai alcançando devagar,
como uma perseguiçao sem escapatória á vista,
onde o destino me arquitecta sonhos estranhos de novelos de vidro laminado.
Se da minha alma saiste tu num inicio distante,
reconheço as cores e fico rejubilante de te ter encontrado,
mesmo com uma viagem dificil antes de tudo,
mesmo com saltos e quedas, com corridas sem chegadas.
Se for o contrario fico feliz de me teres encontrado,
porque estava escondido por detrás de uma fortaleza aparentemente intransponivel,
uma onda vagarosa de negrume preto como o carvao de uma fornalha apagada.
De qualquer forma sou teu e já o era antes,
mesmo quando nao sabia e tu me desconhecias qualidades na minha forma decrepita de andar encostado ás paredes e de espada antiga na mao cansada.
Se sou a noite serás a minha madrugada e esta será uma com lua cheia,
para te iluminar a mim e a ti e para que nunca nos percamos novamente.
Obrigado rosa violeta.
Que a tua cor nao desvaneça.

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