Tuesday, November 30, 2010




Os dias de inverno eram sombrios e longos,

Não pela estação em si,

Mas porque o meu semblante era entristecido.

Longos dias os de perda da razão,

Tentativa de controlo da minha vida.

Difícil sem dúvida mas necessário.

A chuva caía com força e a minha mente pedia uma trovoada forte,

Que abalasse de uma forma intermitente os próximos passos.

O filme da minha vida era trocado por outros filmes,

Filmes tristes que me preenchem.

Programas alegres que me entretêm.

A minha mente acentava na ideia de que nada é definitivo,

Apenas a morte.

A relação que havia tido havia portanto acabado,

E era uma morte.

Reanimar um sentimento que em mim vivia com força,

Tentando adormecê-lo,

Enquanto movimentava ilusioriamente a ligação entre mim e a outra pessoa.

O tempo cura e desespera.

O tempo como movimento abstracto dos ponteiros do relógio,

Iluminava os passeios da minha estrada de esfalto.

Era aí que eu me restava,

Andando em frente lentamente,

Olhando por vezes para trás,

Á procura de algo.

Que alguém passasse.


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