The have fucked me up.
A letra começava assim, da música que passava na minha cabeça. Por vezes eu era assim, pensava em inglês quando estava deprimido e desanimado com as coisas e as pessoas.
Estava lua cheia e ela brilhava com bastante intensidade lá no céu, sem estrelas. Era tudo preto e horroroso, como cá em baixo. O autocarro levava me para casa, enquanto me desfazia lentamente contra a janela fria do outro lado. Com todo o frio estava embaciada e apenas a lua entrava com potência pela janela.
Que se foda isto tudo.
Passou me varias vezes pela cabeça. Todos me faziam o mesmo. Cagavam para mim sempre que podiam. Eu faria o mesmo agora. Tinha me a mim até quando me aguentasse e me matasse, por isso estava bem por algum tempo. Tinha 300 mil problemas para resolver, alguns poucos amigos a manter antes de partir tudo sem remorsos.
Em casa esperava me uma família que me iria perguntar que tenho, e uma noite de algumas cervejas e cigarros, a comer me o cérebro para não pensar mais. Uma refeição quente e escrever este texto.
Uma amiga tentava manter me átona, com dificuldade. Mandava mensagens de apoio, tentando pescar restos de mim no meio disto tudo. Medo de perder-me talvez, não sei. Perdido já estou, à algum tempo.
They have fucked me up.
Pensei novamente.
Estou nervoso e derrotado. Como um leão após perder a supremacia no clã para alguém mais novo. Perdi. E vou perdendo mais ainda todos os dias. Um dia não terei mais nada para perder, nem a mim próprio, e nesse dia não sei que serei mais. Um temerário, um homem sem medo, a shell of a men, como diriam alguns.
Give me a spear and a helmet, brothers, lets fetch some monsters for the day.
Monstros. Cheiinho deles na minha cabeça. Uns mais bonitos outros mais feios. Outros simplesmente diferentes, feios e bonitos dependendo da altura do dia ou do estado da mente.
Não tinha nenhum. Pelo menos que me lembrasse. Falava comigo próprio de vez em quando, mas era normal e era para mim e para mais ninguém. Não tinha colossos nem monstros nem celas ou coisas estranhas. Era eu e a minha imaginação que ia pró papel maior parte das vezes. Eram coisas fixes e tenebrosas, mas eram ficção fantasiosa, mais nada a não ser isso. Depois alguém me partiu tudo cá dentro e me meteu a loucura na ementa do dia. Toma lá maluqueira, se gostas, e fica com ela. Raiva é má, diriam, fica com a loucura, é mais giro. Que mentira.
A letra começava assim, da música que passava na minha cabeça. Por vezes eu era assim, pensava em inglês quando estava deprimido e desanimado com as coisas e as pessoas.
Estava lua cheia e ela brilhava com bastante intensidade lá no céu, sem estrelas. Era tudo preto e horroroso, como cá em baixo. O autocarro levava me para casa, enquanto me desfazia lentamente contra a janela fria do outro lado. Com todo o frio estava embaciada e apenas a lua entrava com potência pela janela.
Que se foda isto tudo.
Passou me varias vezes pela cabeça. Todos me faziam o mesmo. Cagavam para mim sempre que podiam. Eu faria o mesmo agora. Tinha me a mim até quando me aguentasse e me matasse, por isso estava bem por algum tempo. Tinha 300 mil problemas para resolver, alguns poucos amigos a manter antes de partir tudo sem remorsos.
Em casa esperava me uma família que me iria perguntar que tenho, e uma noite de algumas cervejas e cigarros, a comer me o cérebro para não pensar mais. Uma refeição quente e escrever este texto.
Uma amiga tentava manter me átona, com dificuldade. Mandava mensagens de apoio, tentando pescar restos de mim no meio disto tudo. Medo de perder-me talvez, não sei. Perdido já estou, à algum tempo.
They have fucked me up.
Pensei novamente.
Estou nervoso e derrotado. Como um leão após perder a supremacia no clã para alguém mais novo. Perdi. E vou perdendo mais ainda todos os dias. Um dia não terei mais nada para perder, nem a mim próprio, e nesse dia não sei que serei mais. Um temerário, um homem sem medo, a shell of a men, como diriam alguns.
Give me a spear and a helmet, brothers, lets fetch some monsters for the day.
Monstros. Cheiinho deles na minha cabeça. Uns mais bonitos outros mais feios. Outros simplesmente diferentes, feios e bonitos dependendo da altura do dia ou do estado da mente.
Não tinha nenhum. Pelo menos que me lembrasse. Falava comigo próprio de vez em quando, mas era normal e era para mim e para mais ninguém. Não tinha colossos nem monstros nem celas ou coisas estranhas. Era eu e a minha imaginação que ia pró papel maior parte das vezes. Eram coisas fixes e tenebrosas, mas eram ficção fantasiosa, mais nada a não ser isso. Depois alguém me partiu tudo cá dentro e me meteu a loucura na ementa do dia. Toma lá maluqueira, se gostas, e fica com ela. Raiva é má, diriam, fica com a loucura, é mais giro. Que mentira.
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