Wednesday, March 29, 2006
Manias
-Tenho o cuidado quando, ao pegar em sacos pesados, nao usar a mao direita por ter medo de me magoar e nao poder escrever. Se me magoar que se magoe antes a esquerda;
-Tenho sempre a televisao ligada, faça o que faça, mesmo estando sem som;
-Antes de sair de casa olho me sempre ao espelho, pelo menos uma vez;
-Bebo sempre algo nao alcoolico antes de beber algo alcoolico;
-Estalo os dedos sempre que estou aborrecido.
Contundente
A tua luz um salto no tempo, parado, constante, belo.
Perdido estou eu, da harmonia afastado, da solidao amigo unico. Chao e terra, me enterro, me deslargo
O sol em ti resplanderece, pois tu és agua cristalina, és frescura num deserto derradeiro.
Os meus lamentos acordados, a tua calma aspirante me suga a vida. Mesmo no meio das cores mais garridas, a tua silhueta prevalece, como um cavaleiro esperançoso por viver no campo de batalha.
Tu es excalibur, e a tua beleza me atinge como o gume prateado duma espada.
Farol?
Brigada pelo teu comentario esta tão lindo! ^_^
E que melhor maneira de responder se não assim:
Farol?
Nao reparei em minha mão estendida,
No teu olhar louco de compreensao. A luz, numa redoma de ilusao,
Só tem a sugestao de uma partida. A luz é nobre e vã e está perdida
Ou não seria o negro a condiçao
Que tolhe uma harmonia, e a solidão
Não mais seria o chão da minha vida. E ter clarão e sol inominado,
Ter luz ou o olhar iluminado Não é ter mais que um mero cobertor
Pois dentro, la nas escuras profundezas, Há outros modos raros, há belezas:
A arte da saudade é minha dor.
Filipa I. A. Moreno
(nao esta grande coisaa mas foi o que me saiu depois de ler o que escreveste espero que gostes =) Hugs!!!
Monday, March 27, 2006
Feeling of Despair
O olhar desvanece. A intensidade permanece, e tu lá estás, glorioso devaneio, amoroso clarão de luz vestido de negro. A natureza mexe, mas mexe á tua volta apenas acariciando te. Ela não teria a coragem de tentar tomar o teu lugar de alguma forma.
Folhas secas, folhas verdes, azul do mar, sonhos no horizonte. Da terra seca que te sustém saem as raizes. Da beleza pura que me sustém, sai apenas um grito unico no nada. Assim se perdem os tolos sem caminho, assim chegam os fortes á saida. Sol que queima, sol que dá vida. Temporários sustos, temporários olhares, a tua mão é o tunel da saida, a tua causa é a verdadeira.
Farol incandescente, chegaria a ti, se não me queimasses. E mesmo assim tento, tento em vão.
"There's a cold chill in the air, a feeling of despair..."
Wednesday, March 22, 2006
Doença & Dias Sombrios
Hoje o dia correu me mal. Faltei ao seminario, cortei o dedo com uma faca a cozinhar, perdi dinheiro, cai de umas escadas (felizmente n me magoei mt)... Porra, á dias mesmo assim.
Dias sombrios
Se no dia entro, na noite saio.
Saio varias vezes da estrada onde estou para divagar e depois volto, ao ponto de partida. Que estrelas, que farois, que luzes de fusco me podem iluminar? Estou no escuro mas á muito que o medo do escuro desapareceu e se tornou em conforto. É agradavel passado algum tempo.
Sou eu. Sou eu aquele que nao te deixa fugir e te agarra a mao.
Sou eu aquele que te tenta descobrir.
Sou eu a voz da tua consciência.
Sou eu a derrota da alma.
Sou eu que fico e tu que vais.
É assim o rumo da minha nau, e não volto a olhar para trás, sinto sim, á frente, o ar gelado na cara e os pingos salgados da vida.
Saturday, March 18, 2006
Conversa inacabada
- Para que pratiques o teu inglês.
...
- Sou louco? Um bocado. Não consigo evita-lo.
...
- Eu sei, mas tinha de o fazer. Se não conseguia dormir…
...
- Eu sei que pode mudar… eu sei, eu sei, eu sei, e não digas que não, não o vou ouvir. Agirei como uma criança, se assim for preciso. Mas não vou desistir de algo que quero muito. Se alguma coisa de todas as frases feitas é certa é que nunca desistas do que queres.
...
- Sei que não posso obrigar ninguém a gostar de mim, posso apenas fazer as coisas e esperar que a vida faça o resto por mim…
...
- Beijos, boa noite.
...
- Agora já não…
Willow Wisps
A know that I’ve found my way out off the tunnel were I am, but old ghosts of pain stop me of advancing on to it. I wish I could borrow just a moment in time, for more tenuous, to show myself like I really am to you. But the reality is that love is not a contract you can be bought on.
So I moan, so I cry, so I sorrow, waiting willingly that my sadness is herd all over the place, waiting quietly that my addiction for you reaches to the end of the universe…
Why? Because I just cant stop it. Because it is too strong for me to take alone.
Be well, and good time.
Wednesday, March 15, 2006
Gatinhos
Faculdade, ho, faculdade...
Conversa
- Estás a ver. Sou espertinha...
- E tb és sarcastica quando queres, fantastico, és um poço de surpresas pra mim!
- N sabia q conseguia supreender-te assim...
- Entao pq?
- Talvez pq n nos conhecemos mto bem e dai te supreenderes-te assim comigo, mas tb eu normalmente sou uma pessoa mais reservada por isso e normal q n me conhecas assim tao bem.
- Pois, nao conseguia colocar as coisas mais claras que tu. A verdade é que nao te conheço muito bem, mas conheço te melhor do que tu a mim.
- Pois. Pq eu farto-me de escrever sobre mim e tu pouco falas sobre ti. isso n vale...
- Porque sei, pelo que indaguei, que gostas muito de falar. Mais uma coisa que sei sobre ti sem te ter perguntado, mas tu nunca procuraste saber coisas sobre mim, nem perguntar me coisas sobre mim, nao é verdade?
- Tens agora essa oportunidade...podes começar!
Newborn awakening
NEWBORN AWAKENING
LAST ACT
Gently they stur, gently rise. The dead or newborn awakening with ravaged limbs and wet souls. Gently they sight, wrapped up in funeral amazeningWho called this dead to dance?Was it the young woman learning to play the ghost song and her baby gram?Was it the wilderness children?Was it the ghost god himself, stuttering, chearing, chatting blindly?I call you up to anoint the earth, i called you to announce sadness falling like burn skinI called you to wish you well, to glory yourself like a new monter, and now im calling you to pray.
Elipses da madrugada
Sento me mas não assento. De mente inquieta salto no cosmos e desapareço. Noutra vida devo ter sido um bobo pois hoje me sinto um tolo.
De sentidos baralhados a noite cai me em cima, não dói mas magoa o pensamento. Catarse da minha dor eterna, sapiente, não o devia ser pois os sentimentos cegam me as ideias e destroem me a paz interior.
Elipses da madrugada dispersam me. Volto á vida, mas sou outro. É só um sonho bom, mas que cedo acaba e morre na existência. Nunca mais me lembro do que devia fazer. A vida é muito curta para só três passos. Se pudesse mos voltar um passo atrás, nem que um momento só o mundo modificar se ia como folha de papel amassada. Um emaranhado de loucura insana. Desejo ardente de destruição massiva.
Porra de vida! Quando chegar mos ao fim da viagem avisem me. Não quero passar pelo resto e sofrer mesmo que seja necessário que seja assim. Que sofram os outros e que me ensinem com os seus erros. Prefiro assim, sinto mais seguro.
Mas mordo o isco e sou caçado. Sem fuga a persistir.
Adoro te
Adoro a maneira como colocas os teus lábios quando te concentras, quando estas aborrecida.
Adoro como sorris ligeiramente, com sedução, quando estas envergonhada.
Adoro quando me olhas nos olhos quando falas comigo.
Adoro quando te faço rir porque te vejo feliz.
Adoro como apareces quando já não o espero e me fazes valer o resto da semana.
Adoro como apenas a tua presença me causa felicidade.
Adoro os teus olhos porque brilham num azul profundo.
Morro sempre que te vejo, mas é uma morte doce e reconfortante. És dor e prazer ao mesmo tempo.
Tolo
Tolo
Caio de dores, entro num deserto fumarento. Remexo os cabelos, toco na cara, cheio de desejo de querer tocar e não poder.
Salto no ar, encho o peito de ar, sinto me eufórico, sinto me excessivo. Toco no chão, sinto a terra, poiso devagar.
Bato na parede de mão fechada. Dor física sobrepõe a verdadeira dor. Uivo de desespero. Encontro e perco, jamais na onda certa, jamais no acorde exacto. Oiço um bater, oiço um grito, brinco sem pensar, sinto sem descansar. De sentimento saem as palavras que escrevo. De receio fico sem saber a tua reacção. De adoração sou largado num poço já seco. Sedento, esgravato o chão á procura de uma única gota, serena e rara de encontrar. Porque raras são as gotas neste mundo poeirento. Encontro mas não bebo. Olho e penso em fazê-lo. O medo impede-mo, o momento passa e a gota seca. A marca fica na minha mão ensanguentada.
O meu mundo treme por dentro, como depois de sentir um prazer indescritível, um sabor indiscutivelmente adocicado que penetra e não quer sair. Um vírus dos sentimentos, o amor, esse bastardo da dor, esse filho indesejado mas amado.
Morro. Não respiro. Sinto uma respiração ofegante, é a minha. Ilusão, doce ilusão, o que é esse cheiro almiscarado que me rodeia? És tu amor, que me chateia? Sai! Sai daqui, ignorante sentimento! Misto de prazer e saudade, ódio e carinho…
Choro. Grito, aperto o punho e esmago tudo. Raivoso e enervado. Jamais! Jamais quero isto, mas desejo-o. Sou tolo, estou sozinho…
Último suspiro
Vi te, estranha beleza, distante devaneio. O saber de não poder ter.
Se soubesse o futuro, ele seria algo diferente. Os dias hoje sabem me a algo azedo. Preferia não gostar a ter de adorar. Inalcançável, impenetrável beleza do ser. Adocicado toque de dor.
Saíste do escuro e eu vi te de outra forma, curiosa forma. O olhar fura tudo, até a alma. Sem saber o que aconteceu vou pisando pisadas que jurei nunca mais pisar. Onde esta a sanidade quando precisamos dela. Onde esta a loucura quando eu preciso dela.
Este descontentamento de existir, este membro morto latejante. Esperança vã, encanto impossível de resistir.
Costume demoníaco este, não? A resposta é sempre nula e vaga… quem quer ser encantado não sabe o que é a dor.
Adeus bela cobra, me entrego ao teu abraço. Teu aperto final, teu sibilo fatal, banda sonora do meu ultimo suspiro…
Despero
O mundo muda numa volta perspicaz. Sem querer olhei para ti, por querer, os meus olhos cruzaram os teus. Senti algo, algo que nunca tinha sentido de todas as vezes que tinha olhado para ti.
As minhas mãos tocam na tua pele, numa sintonia de pura ilusão. Doce e cruel ilusão. Estranho sonho este onde todos são felizes menos eu.
Estranho sonho este, onde todos têm alguém. O amor existe ou são apenas feromonas que esvoaçam no ar, sem destino próprio, sem um propósito a não ser o animal, prontas a atrair quem não consegue evitar…
Perco. Mas não se perde o que não se quer ter…
Definição de Amor
Definição de amor.
Olhar para algo que sabemos que nos vai ao mesmo tempo maravilhar para sempre e magoar nos mais do que um ser humano pode suportar. O amor é mesmo isso. É dor e prazer ao mesmo tempo. O desconforto de estar confortável demais. Amar é morrer, como uma libertação de um mundo horrível. É o cair de um penhasco, é descer até onde não poder mais e subir até onde conseguir. É uma dor que procuramos incessantemente, cada vez pior e mais intensa, cada vez mais desejada. É sofrer sem poder ripostar. É errar quando sabemos que erramos e mesmo assim continuar-mos. É magoar o outro e ser magoado. É chorar com um leve sorriso irónico na boca. Honrar um sentimento que nos aflige e nos ultrapassa completamente. Não o entender-mos mas nele procurar-mos a felicidade que sabemos nunca conseguir. É como um punho fechado e sangrento, é lutar até á morte, é matar o outro e arrepender. É lembrarmo-nos no mundo de quem somos e o quanto mortais somos. É acordar de um pesadelo e entrar noutro ligeiramente floreado.